É o quinto planeta em distância do sol. Na sua órbita em torno do sol, a mínima distância que chega é de 740 milhões e 900 mil quilômetros. E sua maior distância fica em 815 milhões e 700 mil quilômetros. Possui um diâmetro equatorial de 142.984 km . Leva 11,86 anos terrestres para dar uma volta em torno do sol. E apesar de todo o seu tamanho, não chega a dez horas seu movimento de rotação: 9hs e 55 min. Sua atmosfera é composta principalmente de hidrogênio (quase 90%), hélio (quase 10%), traços de amônia e vapor d'água. A variação de temperatura é de, aproximadamente, 120 graus Celsius.
No dia 9 de julho
de 1979, a Voyager 2 chegou ao sistema de Júpiter, depois de quase dois
anos. Ela não pode ser movida por energia solar porque sua missão
a leva para bem distante do Sol, por isso é equipada com força
motriz nuclear, aspirando centenas de watts da decomposição de
uma cápsula de plutônio.
Júpiter é carregado por uma cobertura de partículas muito
carregadas e invisíveis porém, extremamente perigosas. Elas podem
danificar os delicados instrumentos e derreter os eletrônicos. É
circundado por um anel de debris sólidos. Ele é tão grande
que cabem dentro umas mil terras. Os satélites galileanos de Júpiter
são tão grandes quanto mercúrio. Os dois mais internos,
Io e Europa, têm uma densidade tão grande quanto rocha. Os outros
dois: Ganimedes e Calisto possuem uma densidade menor, entre rocha e gelo. Mas
a mistura de rocha e gelo nestas luas deve conter, assim como na Terra, traços
de minerais radioativos que aquecem as áreas vizinhas. Como não
há um caminho eficaz para este calor acumulado por bilhões de
anos, atingir a superfície e se perder no espaço, a radioatividade
interna de Ganimedes e Calisto deve derreter seus interiores.
No Europa, se vê uma linha espantosa de linhas retas e curvas que se interceptam.
Ele é liso como uma bola de bilhar, apesar das linhas. A ausência
de crateras de impacto pode ser decorrente do aquecimento e liquefação
do gelo da superfície sobre o impacto. Ainda não se sabe a orígem
das linhas.
Júpiter possui, por assim dizer, uma "pele de cobra", onde as faixas
brancas são nuvens altas de cristais de amônia, os cinturões
marrons são os ligares mais profundos e quentes, onde a atmosfera está
submergindo. Os locais azuis são aparentemente buracos profundos nas
nuvens subjascentes através dos quais podemos ver o céu limpo.
A cor marrom-avermelhada de Júpiter pode possuir duas causas: talvez
seja devido à quimica do fósforo ou do enxofre, ou decorrente
de moléculas orgânicas complezxas de cor brilhante produzidas quando
a luz ultravioleta so Sol rompe o metano, a amônia e a água na
atmosferajoviana, e os fragmentos moleculares se recombinam.
Ele possui a Grande Mancha Vermelha: uma grande coluna de gás atingindo
bem acima das núvens adjascentes, tão grande que poderia conter
meia dúzia de Terras. Esta mancha pode ser um grande sistema de tempestade
de 1 milhão de anos.
Outra lua de Júpiter é a irregular Almatéia. Sua órbita
está a 181000 km de Júpiter e possui 240 quilômetros de
diâmetro.
A lua que mais chama atenção é Io, o mais interno dos satélites.
Por alguns anos, algo parecia estar se alterando nela, a luz infravermelha e
suas propriedades de reflexão ao radar.
A Voyager se aproximou de Io e pode ver que sua superfície multicolorida
difere de qualquer outra so sistema solar. Não há nela nenhuma
cratera de impacto à vista, talvez ela possua algum processo eficiente
para desmancá-las ou preenchê-las.
A superfície é extremamente fria, por isso não poderia
haver água corrente. Descobriu-se um vulcão ativo, o primeiro
fora do planeta Terra. Já se acreditava que Io possuia vulcões,
mesmo antes de serem confirmados, pelo fato de que as rochas seriam derretidas
pelas marés, já que a maior parte do interior e Io é liquida.
Essas marés são feitas de enxofre que é aquecido além
do ponto de ebulição da água, a 115 ºC, derretendo
e mudando de cor. A superfície de Io está mudando numa escala
de meses. À noite esfria tando que o dióxido de enxofre condensa
como uma geada branca.
Quando o sistema solar se condensou da poeira e gás interestelaresm Júpiter
adquiriu a maioria da matéria que não se perdeu no espaço
e que nõ foi utilizada pelo Sol. Se ele fosse um pouco mais massivo,
em seu interior teriam havido reações termonucleares e ele estaria
brilhando com luz própria. Caso isso tivesse acontecido, viveríamos
em um sistema binário, com dois sóis e as noites seriam raras,
o que é até comum no universo.
Abaixo das nuvens de Júpiter, o peso das camadas produz uma pressão
tão grande que expreme os elétrons dos átomos de hidrogênio
(tal fenômeno nunca ocorre na Terra, pois nunca se atingiu as pressões
necessárias para que isso ocorra). No seu interior, onde a pressão
é 3 milhões de vezes a da Terra, não há nada além
de um oceano de hidrogênio metálico.
O oceano de metal líquido é a fonte do maior campo magnético
do Sistema Solar e do cinturão de elétrons e prótons aprisionados
que são ejetadas no vento solar, aceleradas pelo campo magnético
de Júpiter.
Fonte: Cosmos Carl Sagan