Há mais de 5 mil anos, os sumérios (habitantes da Mesopotâmia na época, hoje atual Iraque) olharam para o céu e viram 5 estrelas que se moviam enquanto todas as outras ficavam paradas. Só podiam ser deuses para andar no céu, pensavam. Pensando nisso batizaram os planetas segundo suas divindades, o que depois foi adaptado para a mitologia grega e romana.
Mercúrio: por possuir a menor órbita entre os planetas (corre mais rápido) recebeu o nome do mensageiro dos deuses, Hermes para os gregos. Mas foi adotado o nome para o seu correspondente romano, Mercúrio.
Vênus: é o que mais brilha no céu. Recebeu o nome da deusa grega Afrodite, para os romanos, Vênus.
Marte: por ser vermelha, cor de sangue, recebeu o nome Ares, o deus da guerra. Para os romanos, Marte.
Júpiter: Por se mover mais lentamente do que os outros e ser o maior, foi relacionado pelos gregos ao maior dos deuses, Zeus, chamado Júpiter para os romanos.
Saturno: Considerado o deus do tempo, reinou entre as divindades até ser destronado pelo filho, Júpiter. Tão devagar que só os mais pacientes podiam notar que se movia. Chamou-se Cronos para os gregos, Saturno para os romanos.
OBS: Terra: na época não era reconhecida
como um planeta, recebeu este nome por se relacionar com o chão.
Estes acima foram nomeados pelos sumérios. Abaixo vem os outros e suas origens.
Urano: só foi descoberto em 1781, depois do uso dos telescópios. Pela lógica, se Júpiter era o filho e Saturno o pai, Urano deveria ser o avô. Mas isso representou um dilema porque não havia um correspondente na mitologia, então este seria o céu personificado, irmão de Gaia, a Terra.
Netuno: descoberto pelo astrônomo francês Urbain Jean Joseph Le Verrier, em 1846. Batizou-o de Netuno, o deus dos mares e das águas, para os gregos, Poseidon para os romanos. E na época ele nem imaginava que a atmosfera de Netuno é azulada.
Plutão: foi o nome sugerido pela estudante inglesa de 11 anos, Venetia Burney. Ela enviou a sugestão aos pesquisadores em 1930. O nome corresponde aos deus grego dos mortos e do fogo e não tinha correspondente romano. Essa sugestão salvou seu planeta de se chamar Percival, sugerido pela esposa de Percival Lowelle, que 15 anos antes havia previsto a existência de Plutão.
Fonte: Revista Super Interessante