Alguns
documentos fazem pensar que ele nasceu em Gênova no ano de 1451. Mas não
se sabe ao certo. Várias hipóteses já foram levantadas
a cerca deste assunto. Sobre os primeiro 20 anos de sua vida, nada se sabe.
Soube-se que anos mais tarde que sua língua preferida era castelhano,
pois o utilizava na maioria de suas correspondências e anotações
pessoais.
Em 1472, ja navegava como corsário. Quatro anos mais tarde, andava engajado
na frota de 13 navios do corsário francês Coullon, e nas costas
de Portugal participou da abordagem de cinco navios mercantes que seguiam para
a inglaterra.Durante o combate, seu navio foi a pique e ele se salvou nadando.
Ficou em Portugal 8 anos, dos 25 aos 33 anos.
Era época das grandes navegações e a idéia de Colombo
era chegar às Índias, navegando para oeste, de maneira a dar a
volta em torno da Terra. Baseou-se nos dados do cosmógrafo árabe
Alfraganus (Al Fragani) e imaginou que o grau terrestre tivesse 56 milhas e
meio na linha do equador (medida correta p/ milhas árabes, de 1975,5
metros, mas errada para as italianas, 1477,5 metros, e baseando-se também
em autores europeus, que afirmavam que todas as terras firmes, desde Portugal
até a extremidade oriental da Ásia, se estendessem por 283 graus,
deixando apenas 77 graus para os oceanos (um erro muitíssimo maior).
Concluiu que saindo das ilhas canárias e navegando 2760 milhas para oeste,
chegaria no Japão. Se revelasse a distância real, mais de 4 vezes
maior, não teria encontrado financiador. Era muito arrojado para a época
a idéia de se alcançar o Oriente pelo Ocidente. O rei D. João
II não se interessou pelos seus projetos.
Ainda em portugal, Cristóvão se casou com Filippa Moniz Perestrello,
com quem teve um filho, Diego, que viria a acompanhar Cristóvão
em suas navegações. Viajou para a Islândia e depois para
Guiné. Morou um tempo na Ilha de Porto Santo e na Ilha Madeira.
Depois que sua esposa faleceu, mudou-se para Andaluzia, na Espanha. Lá
ficou hospedado nas casas de duas poderosas famílias durante 2 anos:
os Medinacelli e os Medina-Sidona. O duque de Medinacelli apresentou Colombo
à rainha Isabel, que submeteu em 20 de janeiro de 1486 o seu projeto
a uma comissão de cientistas, navegadores e teólogos. A comissão
negou o projeto por ser impossível.
Seu irmão, Bartolomeu, ainda fez algumas tentativas junto à corte
francesa e inglesa. Como não dera resultado, Cristóvão
voltou a insistir junto a corte espanhola.
No início de 1492, os espanhóis expulsaram os árabes de
seu território. Os sete séculos de permanência árabe
na Península Íbero encerra com a entrega das chaves da fortaleza
de Alhambra pelo jovem califa Boabdil a Isabel de Castela e Fernando de Aragão.
Depois de estarem livres das guerras, passaram a se interessar pelos projetos
de Colombo.
As negociações demoraram alguns meses. Dois navios (Pinta e Niña)
foram providenciados pela cidade de Palos por ordem da coroa. O terceiro (Santa
Maria) e as outras despesas foram financiadas por empréstimos arranjados
de Luis de Santágel, que era aliado de Colombo na corte e banqueiro intendente
geral dos reis católicos.
Não se sabe o tamanho das caravelas (Pinta e Niña), nem da nau
(Santa Maria), nem ao menos se sabe como eram. A tripulação das
3 foi estimada em 90 homens.
Colombo assumiu o controle da Santa Maria, Martin Alonso, o da Pinta e Vicente
Yáñes Pinzon, o da Niña. Saíram de Palos no dia
6 de setembro de 1492 com destino às Ilhas Canárias. Tamanho era
a ansiedade que a tripulação apenas uma semana depois já
via sinais de terra próxima. A insatisfação aumentava.
Apenas na manhã do dia 12 de outubro que o marinheiro Rodrigo de Tri9ana
avistou a 1ª ilha das Bahamas. (12 de outubro pelo calendário juliano,
21 de outubro pelo gregoriano, que vigora atualmente). O local exato onde ele
desembarcou não se sabe ao certo. Descobriu dezenas de Ilhas, entre elas
Hispaniola, onde fundou a primeira cidade, chamada Isabella. Permaneceu apenas
4 semanas.
Na segunda viagem (entre 1493 e 1496), comandou uma frota de 16 navios e 1000
homens, para iniciar a colonização a partir de Hispaniola.
Na terceira viagem, avistou a América do Sul, onde acreditava ser o paraiso
descrito na Bíblia.
Na quarta viagem, entre 1502 e 1503, não fez nenhuma descoberta, mas
deu asas à imaginação e escreveu 2 livros: "O livro dos
privilégios", chamado oficialmente de "Cartas, privilégios, cédulas
e outras escrituras de Dom Cristóvão Colombo, almirante maior
do Mar Oceano, vice-rei e governador das ilhas de terras firmes", que é
uma coletânea de documentos através dos quais Colombo pretende
salvaguardas seus privilégios.
O segundo, "O livro das profecias", ele repete várias vezes que foi escolhido
por Deus como instrumento de sua vontade.
Além de suas teorias serem desatinadas, ele foi um dos administradores
mais desastrados de que se tem notícia. Ele mais irritava os espanhóis
do que apaziguava, governando com forca e chibatada, a tal ponto que em 1500
os reis mandaram Francisco de Bobadilha como interventor. Colombo tinha acabado
de enforcar 7 colonos e se preparava para enforcar mais cinco, quando foi levado
preso e algemado de volta à Espanha.
O maior crime foi o genocídio de nativos ocorrido com a colonização.
Em 1495, ele havia obrigado os maiores de 14 anos a entregar-lhe ouro a cada
3 meses, e quem não trouxesse teria as mãos amputadas para sangrar
até morrer. Quando existia salário, era simbólico. Os castigos,
no entanto, terríveis. A regra era matar 100 índios para cada
espanhol morto. Quem retratou bem os fatos foi o frade dominicano Bartolomeu
de Las Casas. Segundo ele, viviam na ilha 3 milhões de nativos, outros
falavam em 300.000.m porém, Woodrow Borah, americano, falava em 7 ou
8 milhões. No entanto, conquenta anos depois, restavam poucas centenas.
Colombo faleceu em 1506. Dono de uma grande fortuna porém, insatisfeiro,
sentia-se incompreendido pelo fato de ter caído muito no conceito dos
reis da Espanha, que não esperavam que ele fizesse aquele tipo de governo.