Nasceu no ano de 1833, filho de Immanuel Nobel, um gênio autodidata que
passou a vida idealizando invençãoes. Teve outros 3 irmãos:
Robert, Ludwig e Emil.
Aos 4 anos a família se muda para São Petersburgo, na Rússia.
Seu pai monta uma pequena metalurgica, e prospera fabricando minas submarinas.
Alfred Nobel estudou formalmente apenas o primeiro ano do primário numa
escola paroquial. Porém, teve aulas particulares com excelentes professores.
Falava sueco, russo, inglês francês e alemão. Era atraído
pela literatura e pela filosofia. Quando a situação do seu pai
melhorou, ele viajou pelo mundo por dois anos. Fez estágios em diversos
laboratórios de química e acabou interessando-se por explosivos.
Em 1863, requereu sua primeira patente, um detonador de percussão, o
qual chamou de Processo Nobel. Seu pai acabou falindo na Rússia e a família
voltou para a Suécia. Lá, ele obteve a patente.
Na cidade de Helensburgo, perto de Estocolmo, Alfred, Emil e Immanuel começaram
a fabricar nitroglicerina, cuja fórmula foi preparada pela primeira vez
em 1846, pelo italiano Ascanio Sobrero. A fórmula é simples: uma
certa quantidade de glicerina adicionado a uma mistudra de ácido nítrico
e ácido súlfuro. Porém, a preparação é
muito arriscada. Qualquer choque ou alteração crusca de temperatura
provoca uma violenta explosão. Foi numa explosão dessas que, em
1864, a fábrica foi pelos ares e matou 5 homens, inclusive Emil. Poucas
semanas depois, seu pai sofreu um derrame e nunca mais se recuperou. Alfred
não se deixou abater. Arrumou um sócio e montou uma nova fábrica.
Porém, o prefeito de Estocolmo negou-lhe a permissão. Ele então
instalou a fábrica numa balsa, em um lago das vizinhanças, fora
da jurisdição da cidade. Os negócios prosperaram.
Alfred mudou-se para Hamburgo e prosseguiu suas pesquisas enquanto dirigia o
negócio. Em 1867, Alfred teve a idéia de misturar à nitroglicerina
uma substância para diminuir o risco de acidentes. A nova mistura chamou-se
dinamite e revolucionou a técnica de explosão de minas, construção
de estradas e a sorte nas guerras. Alfred passou a ganhar muito dinheiro.
Seus irmãos, Ludwig e Robert, que permaneceram na Rússia, também
prosperaram. Ludwig encontrou petróleo jorrando do solo junto ao mar
Cáspio e Robert reabriu a fábrica de equipamentos militares e
teve grande produção.
Alfred resolveu financiar os investimentos de Ludwig e também tornou-se
um magnata do petróleo. Sua vida sentimental é que não
existia, a ponto de por num jornal o anúncio: "Um senhor de certa idade,
rico e muito instruído, residente em Paris procura mulher experiente
e de certa classe, que conheça línguas estrangeiras, para lhe
servir de secretária e dama de companhia". Qhem respondeu o anúncio
foi a linda Condessa Bertha Kinski Von Chinic Und Tettau, descendente de uma
família arruinada da aristocracia austríaca. Falava alemão,
francês, inglês e italiano e tinha 33 anos.
Uma semana depois, Alfred partiu em viagem e Bertha fugiu para se casar com
Arthur Von Suttner, seu namorado, de quem se afastara por pressões da
família do rapaz.
Mesmo decepcionado, Alfred tornou-se um grande amigo do casal. Foi por influência
dela que ele incluiu no seu testamento um prêmio dedicado a paz.
Alfred não tinha muitas esperanças quanto a humanidade. Possuia
um temperamento muito sombrio. Sofria de terríveis dores de cabeça
que atribuiu ao contato com a nitroglicerina. A partir dos 50 anos, teve crises
de angina freqüentemente.
Em 1891, foi expulso da França acusado de espionagem industrial em favor
da Itália. Perde nos tribunais o direito a patente de um tipo de pólvora
sem fumaça. Passa os últimos anos em Bjorkborn, a 80 km de Estocolmo.
Faleceu às 2 da madrugada do dia 10/12/1896. Um ano antes, assinou que
seus rendimentos de 31 milhões de coroas suecas de sua fortuna deveriam
ser distribuídos anualmente às pessoas que mais benefícios
houvessem prestados à humanidade.