Nasceu na cidade de Alegrete no dia 15 de fevereiro de 1894. Cursou o colegio
militar no Rio de Janeiro e a Faculdade de ciencias juridicas e sociais.
Estudou em Paris e depois foi trabalhar como advogado no seu estado natal
(RS). Foi intendente (prefeito) de Alegrete em 1925, e dois anos depois
elegeu-se deputado federal. Em 1928, foi nomeado secretário do Interior
e lá realizou importante obra educacional. Foi amigo íntimo
e companheiro fiel de Getúlio Vargas. Participou ao seu lado da
revolução de 1930 que o levou à pasta da Justiça
e, em 1931, à da Fazenda, cargo que deixou em 1934 para ser embaixador
do Brasil em Washington.
Enquanto ministro da fazenda promoveu o levantamento dos empréstimos
que os Estados e municípios haviam contraído no estrangeiro,
no regime anterior a 1930, tendo em vista a consolidação
da dívida externa brasileira, de acordo com o chamado "esquema Osvaldo
Aranha".
Em 1938 assumiu a pasta de Relações Exteriores, na qual,
em pleno Estado Novo, se revelou um paladino do pan-americano e intransigente
adepto da "política de boa vizinhança" de Roosevelt. Sob
sua direção, o Itamarati sofreu importantes reformas administrativas.
Deve-se-lhe o ingresso do Brasil na II Guerra Mundial, ao lado dos Aliados.
Em 1947, presidiu a assembléia geral da ONU em que se aprovou
o plano de pastilha da Palestina. Com sua atuação à
frente da Assembléia, fez jus a aplausos internacionais.
No segundo governo de Vargas, em 1953, voltou a ocupar a pasta da Fazenda
e introduziu substanciais modificações no sistema cambial
do país. Com a morte de Vargas, em 1954, retirou-se do governo,
e entregou-se aos seus interesses privados da advocacia.