A sociedade
burguesa nasceu das ruínas da sociedade feudal e nada mais fez do que
estabelecer novas classes e novas formas de expressão. Na época
das grandes navegações, a indústria e a procura por
mercadorias começou a aumentar. Ocorreu um grande desenvolvimento do
comércio. Esse desenvolvimento mais tarde, pediria a aceleração
dos meios de produção, e do comércio emergiria a burguesia.
Ela mesma é resultado de um longo processo de desenvolvimento, de uma
série de transformações no modo de produção
e circulação. Ela acabou por conquistar a soberania política,
destruiu as relações feudais, apagou ofervor religioso, substitui
as relações básicas pela do comércio. Ela necessita
de mercados sempre novos, por isso cria vínculos em todas as partes do
planeta e acabou tirando da indústria a sua base nacional.
A burguesia nestes dois
séculos, criou forças produtivas mais numerosas do que em toda
a sua história. Hoje, existe a revolta das for,cas produtivas contra
as relações de produção: um contingente muito grande
de pessoas pra trabalhar e o trabalho sendo substítuido cada vez mais
por trabalho mais simples, que exija a mera operação de uma máquina.
Antes, o trabalho manual empregava muitas pessoas, agora a relação
homem-máquina substitui uma imensa quantidade de trabalhadores que passariam
por fases desde a confeção até o acabamento do produto.
Esse trabalho já nao requer uma grande habilidade, apenas o manejo mais
simples e mais monótono de fazer e aprender, apenas um trabalho mais
mecânico, o que torna este processo mais barato, o funcionário
recebe menos e produz mais - numa política que apenas visa o lucro de
alguns em detrimento da pobreza de muitos. Com o aperfeiçoamento constante
da máquina, estara apto pra trabalhar quem melhor souber manejá-la,
e isso torna a vida do operário cada vez mais precária.
A burguesia,
como classe dominante, deveria pelo menos a condição de
subsistência ao servidor, e ano é o que acontece. Nas relções
feudais, em meio aos abusos dos senhores feudais, o servo tinha moradia e alimentação
pelo seu serviço.
A condição
essencial para existência e supremacia da burguesia é a acumulação
de riquezas nas mãos de particulares, a formação e o crescimento
do capital e a condição necessária para a existência
do capital que é o trabalho assalariado.
Comunistas e Proletários:
O interesse comunista não é diferente do interesse do proletariado
em geral. A diferença básica entre eles se concentra em dois pontos.
1)nas diversas lutas proletárias, fazem prevaecer o interesse do proletariado
independente da nacionalidade;
2)nas diferentes fases de desenvolvimento da luta entre proletários e
burgueses, representam sempre, em toda a parte, os interesses do movimento
em seu conjunto.
O trabalho proletário, o trabalho assalariado atual não cria
propriedades para o proletário, cria o capital, através do qual
a burguesia detém o total controle sobre ele e pode exercer sua dominação.
Porém, o capital é um produto coletivo e só pode ser posto
em movimento pelos esforços combinados de muitos membros da sociedade,
em última instância, pelos esforços combinados de todos
os membros da sociedade. Portanto, ele não é um poder pessoal:
é um poder social.
O comunismo
não priva ninguém do poder de se apropriar de sua parte dos produtos
sociais; apenas suprime o poder de subjugar o trabalho de outros por meio dessa
a propriação.
Há um boato em torno do comunismo de que se houver a abolição
da propriedade privada toda a atividade cessaria, uma inércia geral se
apoderaria do mundo. Tanto isso não é verdade, que a sociedade
burguesa já teria sucumbidoà ociosidade, porque os que trabalham
não lucram e os que lucram não trabalham.
A ação
comum do proletariado é uma das primeiras condições para
a sua emancipação.