No
livro" Crítica", Marx entende que a transformação
da sociedade social é possível, por meio de uma revolução
radical e democrática. Procura demonstrar que o Estado (governo como
ele é atualmente) consiste apenas em um elemento da sociedade, um produto
complexo de relações materiais entre os indivíduos, dentro
de um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas. Identifica
o Estado com as relações produtivas, mas o considera um desdobramento
da sociedade. Para ele, o desaparecimento dos Estado deve ser visto como a supremacia
da sociedade civil hegemonizada pelas classes trabalhadoras. Evidencia que a
essência do Estado é o poder político.
O Estado é visto como resultante de um processo histórico. Sua
superação é uma necessidade para que a sociedade elimine
as usas relações contraditórias com ele, baseando-se numa
democracia que tenha a sociedade civil como centro de emanação
do poder. Introduz o papel das classes sociais na estruturação
da sociedade civil, abandona o terreno especulativo e mergulha no aspecto concreto
da organização da sociedade.
Participa
na criação de entedidades internacionais de trabalhadores e define
a concepção do projeto em:
O
objetivo da liga (movimento do qual participara) é o derrubamento da
burguesia, a dominação pelo proletariado, a superação
da velha sociedade burguesa, que repousa sobre oposições de classes
e a fundação de uma nova sociedade sem classes e sem propriedade
privada.
Aprofunda a tese de uma revolução
radical e democrática para romper com o Estado, com o desenvolvimento
da teoria do predomínio de classe na relação Estado/sociedade,
ou seja, das formas mateirais de produção que determinava a relação.
Em um de seus pareceres afirma:
"Já vimos que o primeiro passo na revolução operária
é a passagem do proletariado para a classe dominante, a conquista
da democracia pela luta. O proletariado usará o seu domínio
político para arrancar todo o capital das mãos da burguesia,
para centralizar todos os instrumentos de produção nas mãos
do Estado, isto é, do proletariado oraganizado como classe dominante,
e para umentar o mais rapidamente possível a massa das forças
de produção.
Ele afirma que o mérito da descoberta de classes não é
dele, e sim os novos conceitos como por exemplo:
1) demonstrou que a existência das classes está vinculada
vinculada a fases históricas determinadas do desenvolvimento da
produção.
2) que a luta de classes leva necessariamente à ditaduira
do proletariado
3) e que essa ditadura nada mais é do que uma transição
para a abolição de todas as classes rumo a uma sociedade
sem classes.
Isto só poderia ocorrer de forma despótica (ditatorial) no
direito de propriedade e nas relações de produção
burguesas, através de medidas, que economicamente parecem insuficientes
e insustentáveis mas que no decurso do movimento levam para além
de si mesmas e são inevitáveis como meios para revolucionar
todo o modo de produção.
Se o proletariado (a classe operária) na luta contra a burguesia
necessariamente se unifica em classe, por uma revolução se
faz classe dominante e, como classe dominante, suprime pela força
as velhas relações de produção, então
suprime juntamente com estas relações as condições
de existência do antagonismo de classes, as classes em geral e, com
isso, o seu próprio domínio de classe. Para Marx, o fim do
Estado é o prevalecimento da sociedade civil.
Para Marx e Engels a ditadura do proletariado nada mais é do que
o controle direto da sociedade civil realizado por ela mesma.
Concepção marxista-leninista:
Para a conquista do poder pelo povo são necessários
dois elementos fundamentais:
1) a necessidade de elaboração de uma teoria revolucionária
2)a existência de um partido revolucionário que tivesse
a capacidade de fundir o movimento espontâneo das massas com o projeto
do movimento operário.
As teorias de Marx e Engels não elaboram um modelo de revolução socialista pois consideram que cada lugar apresentaria as suas próprias características que estabeleceriam as condições para a implantação de um movimento revolucionário. E manisfestava-se contrário a quem achasse que a doutrina marxista era fechada às particularidades de cada país.
Lenin,
baseado em premissas marxistas afirma que :
" Na sociedade
capitalista, sempre que se desenvolva nas condições mais favoráveis,temos
uma democracia mais ou menos completa na república democrática.
Mas esta democracia se acha sempre encerrada dentro dos estritos limites da
exploração capitalista e, por conseguinte, é sempre, na
realidade, uma democracia para a minoria, somente para as classes possuidoras,
somente para os ricos. A liberdade da sociedade capitalista é sempre
mais ou menos o que era nas antigas repúblicas gregas: liberdade para
os proprietários de escravos. Em virtude das condições
de exploração capitalista, os escravos assalariado smodernos,
vivem tão curvados pelas necessidades e pela miséria, que não
podem se preocupar com a democracia, não podem se preocupar com a política;
no curso corrente e pacífico dos acontecimentos, a maioria da população
é excluída na participação na vida pública
e social."
...A teoria de Marx, segundo sua própria vontade, não
é imutável. Ela pode e deve ser adaptada de acordo com as necessidades
do país onde for implantada...